O PharMacon - Observatório do uso de medicamentos, maconha e outras drogas - é um espaço de produção informações, reflexões e análises relevantes para subsidiar o debate público e a tomada de decisão política acerca do uso de medicamentos, maconha e outras drogas. Esse espaço, liderado pela Unifesp, promove a articulação entre a universidade, o SUS e os usuários de medicamentos, produtos derivados da maconha e de outras drogas. Tem produzido dados e discutido a indução ao uso de determinadas substâncias como os benzodiazepínicos e os antidepressivos e o acesso dificultoso a outras com efeitos positivos, como a maconha, seja por preconceito ou por interesses econômicos. O Observatório tem identificado um aumento da medicalização do sofrimento mental em detrimento de um cuidado humanizado e emancipatório. Também tem mapeado que há uma ação agressiva daqueles que defendem os interesses da indústria canábica para que a escolha brasileira seja pelos produtos industrializados, o que tem representado um custo elevado e insustentável para o SUS. É muito importante o engajamento da sociedade nesse debate, onde deve prevalecer o interesse público e a busca pelo bem estar e qualidade de vida das pessoas.
OBSERVATÓRIO
PharMacon
OBSERVATÓRIO
Maconha
A Cannabis sativa L. é uma planta milenar, com usos para finalidades diversas ao longo da história,
em distintas realidades étnico-culturais.
Embora seus usos terapêuticos
sejam identificados largamente,
especialmente no Oriente, no meio médico suas propriedades são relatadas por volta do século XVIII.
OBSERVATÓRIO
Medicamentos
O PharMacon, ao propor o debate público sobre o perfil de uso de medicamentos psicoativos no país tem se preocupado com a tendência à patologização e à medicalização da vida. Nossos levantamentos têm confirmado que o uso de medicamentos para tratar a ansiedade, a depressão e a insônia tem se elevado continuimente, o que se intensificou após a pandemia de Covid-19.
O uso de antidepressivos e ansiolíticos tem indicações bastante específicas, porém seu uso tem ocorrido de maneira indiscriminada. Tratamentos com medicamentos são iniciados em detrimento de outras medidas de enfrentamento do sofrimento psíquico e são mantidos sem acompanhamento adequado por longos períodos, o que pode trazer mas prejuízos que benefícios.
